segunda-feira, 22 de outubro de 2012

20/10/2012 e 21/10/2012

Manha com Hot Yoga.

Tarde com cheap Steak & Salad no Pluto's. Indicacao da Escola.

Noite no Mission District com Harish. That's San Francisco!!!

Early morning and morning: Portrero Hill. Bad and Breakfast.

American Breakfast: eggs, bacon, orange juice and Mimosa: Orange Juice with Sparkling Champagne. Uau! Red Potatoes, Toasts, Strawberry Jelly, Butter.

Seu estomago pesou com tanta comida e nao pode comer tudo. Levou pra casa.

Tarde de frio e uma pitada de tristeza.

Foi correr no GG Park e foi salva por Teresa Cristina cantando "Quantas Lagrimas". De fato, "um bom samba eh uma forma de oracao".

Volta pra casa, se detem em uma loja de lingeries. Compra um top e um colar, uma especie de amuleto, para lhe fazer protecao e companhia.

O resto do dia eh gasto em casa, entre a cama, o banheiro (incluindo 2 banhos para limpar e esquentar) e a internet.

Nao tem vontade de conversar com ninguem. E nao o faz.

Um amigo a chama para sair e recusa.

Chora por dentro e por fora.

Choveu de madrugada.




domingo, 21 de outubro de 2012

18/10/2012

Após a aula, um passeio pela cidade, com uma missao: encontrar outro lugar para morar. Morar em SF nao é tao simples quanto parece. A vida por aqui é cara e paga-se por um simples quarto com banheiro compartilhado um valor possível de alugar  preço que seria possível morar muito, muito bem em Bh.

Caminhada pelo Downtown, Tunderloin, muitos mendigos, homeless, ruas sujas e malcheirosas. EMbora o dono da Escola tenha advertido os alunos a evitar este lugar, por ser considerado relativamente unsafe, ela fez questao de conhecer. SF nao é diferente. As cidades escondem os indesejáveis sempre em algum lugar. Muitos muito doidos, nao sabe se deveria sentir pena ou se estava pior do que eles por estar impregnada de lucidez e realidade.

Andou por muitas ruas e subiu muitos morros, ruas bem íngremes. Lembrou de sua cidade natal. Passou por Chinatown e decidiu caminhar pela regiao mais pela obrigaçao de turista do que pelo prazer. Fez comparaçoes com seu país e se lembrou do Liberdade em Sao Paulo.

Cansou rápido deste passeio e tomou rumo novamente para o Mission District, onde para tomar um sorvete no Bi-Rite, indicado por um amigo que viveu na cidade. Estava muito calor e os sorvetes macios derretiam no pote e davam ainda mais carinho ao paladar.

Escolheu tres sabores: Maça Caramelada, Lavanda e o terceiro foi indicaçao da atendente e nao se lembra do nome, mas era muito gostoso. O de Lavanda achou refrescante e diferente. Nao fosse se lembrar que Lavanda era perfume, teria gostado ainda mais.


17/10/2012

Aniversário do Olmar de Alcantara Duarte.

Por aqui faz muito calor. Sol, short, camiseta e havaianas.



16/10/2012

Os pubs americanos fazem a gente nao desistir da ideia de que somos todos personagens de um filme e de que estes sao apenas cenários.

Toda essa Gestalt me modifica e eu viro eu ao contrário. 
16/10/2012

Novamente, um dia de sol. Aula e uma caminhada até restaurante brasileiro Canto do Brasil. Galinha marinada na cerveja preta, feijao, arroz e farofa. E Guaraná. O gosto da comida estava mais pra baiano do que pra mineiro como ela gostaria, mas só de ser arroz e feijao já lhe agradou a alma.

Quem dera o Brasil fosse uma mata de floresta densa por quarteirao, com 200 mil espécies de pássaros exóticos, povoado pelos índios nus e felizes - imagem comprada pelo exterior. Os negros e índios a cantar, dançar e os pássaros a voar...!

Depois do almoço, caminhada pelo Mission District. Andou quase toda a Valencia St e se encantou com os vários brechós exóticos e interessantes, com cores de tinta guache e um certo ar de fotografia antiga. Estava em busca de um par de luvas, um casaco e um cachecol. O frio da cidade ainda é muito estranho para ela.

O bairro é bem alternativo, bem como as pessoas. Também se encantou pelos Cafés. É insistente a sensaçao de estar em um filme - desta vez, de Almodóvar.

No meio do caminho, avista uma menina loira, linda, com uma caixa de madeira de pintura. O rapaz que a acompanhava - latino, também carregava alguns materiais. Se sentaram em uma calçada - ela pintando e ele com uma mesa posta para Tarot. Linda cena. Foi conversar com eles e perguntar sobre as Escolas de Artes e tomou algumas anotaçoes.

Esta tomada por uma sensaçao de tristeza. Seu sorrido é de fora para dentro. É quase uma flor murcha. Sente que deveria estar alegre, se sente quase obrigada a retribuir com uma alegria às belezas que se lhe apresentam. Pensa em muitas coisas.

Sente saudades do seu amor. Tenta falar com ele e ele nao está. Ele a chama, ela está no banho. Quando, finalmente conseguem se falar, a conexao cai. Falta conexao?




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15/10/2012

Preguiça de acordar. Sono. Corpo molusco.

Venceu o que tentava vence-la, nem tomou banho (havia tomado na noite anterior, antes de se deitar), se arrumou, se perfumou e foi pra escola. Aula. Teste.

Na saída, conheceu mais um brasileiro. Logo ela, que dizia querer fugir deles! Nao adianta, a nacionalidade aproxima as pessoas, principalmente quando elas estao fora de seu país. Quando dentro, estabelecem outros muros e delimitaçoes.

Pegou o metro e seguiu para a praia. A sensaçao de pertencer a um filme é recorrente para ela. A rodovia de um lado, plantas duras e espinhentas de outro, das cores verde e rosa avermelhado. E, aberta como uma janela, a praia!

Na hora em que viu o mar e a areia, logo fez uma comparaçao com as praias brasileiras e se calou: a praia nao é menos nem mais bonita; é diferente! Mas azul, ondas calmas, a mesma espuma branca.

Andando pela areia, chegou ä Cliff House e como uma boa turista que nao domina o ingles, se confunde com o cardápio e com o funcionamento do restaurante.

Restaurante fino, um homem para cada coisa: um para agendar a  mesa, outro para levar a água e as broas de entrada, outro para servir o drink e outro para servir a refeiçao.

Para beber, pediu Ocean Beach, um drink bem cliche para quem está sentada em uma mesa à janela de um restaurante em cima de uma rocha, de frente para o oceano...

O dink consta de vodka de abacaxi, suco de abacaxi, cranberries e nao se sabe mais o que.

Para comer, salada verde com endívias, maças, blue cheese e nuts. Salada muito saborosa e as broinhas da entrada eram de dar água na boca: fresquinhas e cheirosas.

A vista da janela era algo surpreendente para ela, ainda que fosse muito acostumada a ver mar em seu país de origem.

Ao mesmo tempo em que sentia bem por estar em sua própria companhia, também sentia falta em compartilhar o momento com as pessoas que amava.

O sol brilhava com força e o dia estava bastante quente! As pessoas na praia tomando sol, surfando ou a brincar com seus cachorros felizes.

O drink começa a correr pelo seu sangue, deixando-a leve e com uma certa moleza no corpo tenso de quem ainda nao se deixou levar totalmente pelo lugar. Medo? Resistencia? Instinto de proteçao?

Precisa de uma massagem e lembra que na volta se prometeu passar na Escola de Yoga e, quem sabe, se matricular.

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Matriculou-se na Escola de Yoga por 15 dias e iniciou sua primeira aula de 1' 30''. A yoga que oferecem é praticada em uma sala que dizem ser warm, mas é hot mesmo, tipo o Rio de Janeiro no verao de 45 graus. Por aí.

As pessoas suam muito com o calor e com ela nao poderia ser diferente. Daí entendeu quando a dona da Escola pediu que levasse toalha e água. Os exercícios eram conhecidos dela em sua maioria. Se saiu bem pela primeira aula e ganhou elogios da professora.

Nao quis voltar pra casa a pé. Chega de andar - pensou. Tomou um onibus ate a casa, mas como nao sabia exatamente o trajeto do mesmo, desceu algumas quadras de distancia. Teve que caminhar.

Foi um longo dia.  O corpo, cansado, agradece a comida quente, o banho quente e a cama quente.

É preciso descansar.

domingo, 14 de outubro de 2012

14/10/2012

A promessa de sol era verdadeira, mas a fumaça ou foggy pela manha estava enganando... friiioooo...

Nem tomou café pra poder namorar pela internet, ai que saudade que dá!

Comeu duas torradas com queijo (Yes! we have cheese!!!), chá e uma laranja e saiu pra passear. Ela e sua amiga Anna, sua roommate  tailandesa.

Cruzar a Golden Gate Bridge de bicicleta eh algo indescritível; tem que fazer pra sentir. O vento geladinho no corpo, o cheirinho de noz moscada que exala das plantas ali perto, a cor laranja da ponte, a beleza do oceano lá embaixo, a magnitude toda da cena. Éh uma cena de cinema e ela novamente se sente dentro de um filme, sendo ela uma atriz, ou mesmo alguém que faz parte da história que está sendo desenrolada.

No caminho de casa, pára em uma loja e compra alguns produtos para o banho e para a pele. Chega em casa feliz.

Jantar com os colegas de casa, chega uma nova companheira, desta vez vem da Suíça. estuda Ingles, faz seu homework. E chega um outro companheiro; este vem da Bélgica: Sacha. Bemvindos todos! O mundo agora é aqui.

sábado, 13 de outubro de 2012

08/10/2012

Pela manha, acorda, casa quieta, primeira a levantar da cama. Cedo. Fuso horário ainda nao aquietou. Tenta deixar o cafe da manha o mais gostoso possível pra se confortar. Mingau de aveia, torradas com geléia de morango, ovos mexidos com queijo. Oh! Tudo tao bom ou mais ou menos. 

Veste roupa esportiva pra correr: Calor em SF! Sunny day! Short, camiseta e tenis. Jogging no Golden Gate PArk. Na volta, porque se perde no caminho, encontra com uma banda de Jazz debaixo da pontezinha no Parque. Senta na grama, abre o caderninho que a Tuza deu, desenha no caderninho. Ouve a musica, abandonando seus headphones. 

Subindo a rua de volta pra casa, testa dois sabores de sorvete italiano, macios como so eles mesmos podem ser: Chocolat Caramel and Crunch; White Pistach. Se derrete junto com os sorvetes.

Dia lindo, coracao quase feliz. Volta pra casa, faz hora. Toma banho e sai de novo em busca de conhecimento da cidade. Escolhe tres pontos turisticos, visita dois. Fisherman's Wharf/Pier 39 e Coit Touwer. O primeiro, lotado. O segundo, após uns 400 degraus a pé, no escuro, com uma sensacao de medo que trouxe na bagagem, descobre que o elevador estava fechado. 

Vista linda la de cima, curte um pouco a sensacao.

Espera o último onibus para voltar. Ele nao vem. Pede informacao pra um cara. Gringo tb, turista como ela. Alemao. Mais desconfiado do que mineiro. Ela volta a esperar o onibus. Ele nao vem. Ela vai de novo no gringo. Ele resiste, mas deixa que ela a acompoanhe ate downtown, pois ela diz que tem medo. Aos poucos, ele se abre a ate sorri pra ela. Arrancar um sorriso de um alemao dentro do Cable Car apertado, nao tem preço!

Eles descem na última estaçao. Eles se apresentam: ZiegFried e Paula. - Nice to meet you! Cada um segue seu caminho. Ela se perde de novo no metro. Novamente, ao se perder, se acha debaixo da Golden Gate iluminada e se ve dentro do cartao postal. Pede informaçao a dois indianos. Volta o caminho e finalmente, desce no ponto. 

Ao descer, se depara com um homem que teve sua sacola rasgada. Abaixa no chao para ajudá-lo. Ele agradece. Ela lhe cede a sacola dela, que é mais resistente. E segue seu caminho de volta pra casa.

Quase fim do sexto dia...
08/10/2012

"Parece que, ao contrário da satisfaçao contínua e duradoura que esperamos, a felicidade com e em determinado lugar deve ser um fenomeno breve e, pelo menos à mente consciente, aparentemente fortuito: um intervalo em que conseguimos ficar receptivos ao mundo ao nosso redor, em que pensamentos positivos sobre passado e futuro se solidificam e as ansiedades sao amainadas. Mas essa consiçao raras vezes se prolonga por mais de 10 minutos. Novos padroes de ansiedade se formam no horizonte da consciencia de maneira inevitável..." (A Arte de Viajar; Alain de Button)

Felicidade vem com o inesperado. Tristeza se prepara antes da hora. Felicidade vem assim, como o vento; e vai embora...

Viagem

08/10/12

(...) Meu coraçao está um pouco partido: estaria eu fazendo a coisa certa?
Posso morrer amanha; um aid,a hei de morrer, esta é a certeza - e esse pensamento me salva.