domingo, 28 de março de 2010


Tudo mais do mesmo
Um pouco mais da visão da mesma embalagem
O que é bonito de verdade
O é para sempre sem jamais se tornar igual
Sombras do infinito que produzem formas demasiado antagônicas
Demasiado inatingíveis
Complementares talvez nesse quebra cabeças sem sentido aparente
O mesmo olho que vejo
Não da mesma forma com o coração que sinto
Com meus gestos demonstro o que quero
Nem sempre sendo o que o sentimento verdadeiro entoa em seu canto
Voa para um lugar qualquer
Vento sopra num mar aberto como se quer que seja sempre
Livre, repleto, sereno, pleno e selvagem
Venha que meu tempo é breve
Corra que meu fogo queima
Voe, que minhas garras crescem
Refresque, pois a água morna também acalma
Vida viva-a como quer que seja
De modo intenso, de preferência, ainda que pareça ser errado
O não-viver é que é um desperdício, um pecado...