domingo, 27 de novembro de 2011

Árvore da Vida

A obra foi se modificando aos poucos; foi ela quem foi me levando para onde eu era, mesmo sem sabê-lo. Os materiais maleáveis começaram a criar formas sinuosas, repletas de autonomia fugaz. Aos poucos, ia me desfazendo para dar oportunidade desta manifestação continuar. Em muitos minutos que pareceram segundos, vi surgir a Árvore da Vida, com seu peso e leveza peculiares. Tenho direito ao retoque - palavra final? E eis que ela então permitiu que eu desenvolvesse, em alguns movimentos, aquilo que arrematava o que já tinha sido dito através dela mesma. Está pronta sem estar; árvore - ser imutavelmente mutável.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

De novo


Sempre o mesmo clichê; tudo mais da mesma embalagem. "Eu sou isto; eu sou aquilo"; "Quero mais e quero porque". Ledo engano. No sonho, todo mundo é sabido. E tenho dito que a sabedoria inconsciente quase sempre nunca se engana. Os versos de "VaiVÁfricas" talvez jamais serão encontrados e é no meio da encruzilhada que o caminho se faz. Na dúvida? Nem me pergunte; a resposta existe no descanso que... a mente dá. Sente o seu coração. Sente o seu coração. Sente! Senta! Senta o seu coração numa pedra quente. E deixa o vento soprar; deixa a lua nascer; deixa o sol levantar; deixa o dia viver; deixa a noite ninar. Tudo será o que tem que ser; depende de você e depende também do tanto de fio que a vida dá. Vai tecer! Vai bordar! Vai dar nó! E também, inevitavelmente, vai cortar...