segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15/10/2012

Preguiça de acordar. Sono. Corpo molusco.

Venceu o que tentava vence-la, nem tomou banho (havia tomado na noite anterior, antes de se deitar), se arrumou, se perfumou e foi pra escola. Aula. Teste.

Na saída, conheceu mais um brasileiro. Logo ela, que dizia querer fugir deles! Nao adianta, a nacionalidade aproxima as pessoas, principalmente quando elas estao fora de seu país. Quando dentro, estabelecem outros muros e delimitaçoes.

Pegou o metro e seguiu para a praia. A sensaçao de pertencer a um filme é recorrente para ela. A rodovia de um lado, plantas duras e espinhentas de outro, das cores verde e rosa avermelhado. E, aberta como uma janela, a praia!

Na hora em que viu o mar e a areia, logo fez uma comparaçao com as praias brasileiras e se calou: a praia nao é menos nem mais bonita; é diferente! Mas azul, ondas calmas, a mesma espuma branca.

Andando pela areia, chegou ä Cliff House e como uma boa turista que nao domina o ingles, se confunde com o cardápio e com o funcionamento do restaurante.

Restaurante fino, um homem para cada coisa: um para agendar a  mesa, outro para levar a água e as broas de entrada, outro para servir o drink e outro para servir a refeiçao.

Para beber, pediu Ocean Beach, um drink bem cliche para quem está sentada em uma mesa à janela de um restaurante em cima de uma rocha, de frente para o oceano...

O dink consta de vodka de abacaxi, suco de abacaxi, cranberries e nao se sabe mais o que.

Para comer, salada verde com endívias, maças, blue cheese e nuts. Salada muito saborosa e as broinhas da entrada eram de dar água na boca: fresquinhas e cheirosas.

A vista da janela era algo surpreendente para ela, ainda que fosse muito acostumada a ver mar em seu país de origem.

Ao mesmo tempo em que sentia bem por estar em sua própria companhia, também sentia falta em compartilhar o momento com as pessoas que amava.

O sol brilhava com força e o dia estava bastante quente! As pessoas na praia tomando sol, surfando ou a brincar com seus cachorros felizes.

O drink começa a correr pelo seu sangue, deixando-a leve e com uma certa moleza no corpo tenso de quem ainda nao se deixou levar totalmente pelo lugar. Medo? Resistencia? Instinto de proteçao?

Precisa de uma massagem e lembra que na volta se prometeu passar na Escola de Yoga e, quem sabe, se matricular.

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Matriculou-se na Escola de Yoga por 15 dias e iniciou sua primeira aula de 1' 30''. A yoga que oferecem é praticada em uma sala que dizem ser warm, mas é hot mesmo, tipo o Rio de Janeiro no verao de 45 graus. Por aí.

As pessoas suam muito com o calor e com ela nao poderia ser diferente. Daí entendeu quando a dona da Escola pediu que levasse toalha e água. Os exercícios eram conhecidos dela em sua maioria. Se saiu bem pela primeira aula e ganhou elogios da professora.

Nao quis voltar pra casa a pé. Chega de andar - pensou. Tomou um onibus ate a casa, mas como nao sabia exatamente o trajeto do mesmo, desceu algumas quadras de distancia. Teve que caminhar.

Foi um longo dia.  O corpo, cansado, agradece a comida quente, o banho quente e a cama quente.

É preciso descansar.

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