domingo, 22 de setembro de 2013

Tem jeito?
Jei-to. Entojei te tanta coisa que vejo, vi e tenho visto. Enjoei até do que ainda não vi.
Jeito tem depois de feito. O que se está por fazer é um ainda-não-é.
To ajeitando a vida que é pra ela ficar no jeito.
Dá pra apagar por 30 tempinhos de batidas de palma a luz?
No escuro enxergo melhor. E aquela dorzinha de cabeça que se dissipa na escuridão vira pensamento de lucidez. Por alguns instantes,
Na impermanência de tudo, crio o que nem existe pra depois se desfazer. Como nuvens, como tinta de aquarela interagindo com outras, com a água. Tudo fluidez, morte e renascimento pra depois acabar.
Veja aquela fagulha de luz ali da janela. Fica parecendo que é pra sempre se fechar os olhos e eternizar aquela visão.
Sabe que nem sei porque estou aqui?
Um problema de cada vez. Fale uma palavra e eu digo a frase toda. Sei adivinhar na voz daquele que amo. Seriam as coisas todas somente um veículo para induzir a imaginação?
Qual a chave da unidade? Quando abir-se a caixa de Pandora vai voar pássaros pra todo lado. E palavras. E histórias tantas e manchadas de marrom com laranja fosforescente que é bonito.
Da música que ouço posso até fazer uma sinfonia qualquer carregada de piano e melancolia.
A temperatura cai mais quanto mais a luz esmaece. É a lei.
Você viu como ficou bonita aquela figura torta na parede morta?
Dar vida àquilo que não tem. Um constante criar.
Pincel e paleta sujos com o sangue vivo de quem nem se cortou.
Nobody's falt but mine. Seja o que for o fardo é de cada um. Tem que carregar sozinho. É?
Verde verdade vontade velar o sono de quem já morreu.
Tornar tudo um tapete de tranças vermelhas. Acrescentar e tirar. Por cor e misturar.
Sei bem que nada existe e é por isso que é melhor assim: largar.
Larga, solta e vai.

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