quarta-feira, 3 de junho de 2009


Voltei. Voltei a te procurar

E a não te encontrar em lugar nenhum que não exista você a me chamar

Onde está você que não consigo alcançar?

Estamos em balanços diferentes, em sincronias opostas

A mesa está posta e você não veio pra jantar

A vela acendeu e voc~e não chegou a tempo de apagar

O prato esfriou (a vingança é um prato que se come frio)

Não, eu não quero vingar!

A sobremesa fica pra depois

O arroz ficou grudado, que nem eu queria ficar com você

Só de pensar, me dói o coração

Meu pulmão já não é mais o mesmo depois que eu comecei a tentar, em vão, te esquecer

Já são mais de duas

Mais de duas tentativas de permanecer

Você não vem. Vou fechar a porta

Não me importa quem bata, eu não vou receber

Saiba que, infelizmente, é a última vez que estou falando

E se estou te avisando, é que eu sei porquê.

Até algum momento que eu possa compreender,

Vai se passar muito tempo

Não há problema; tempo é algo que se ganha quando se quer crescer.

Quanto mais tempo tenho, mais sei o que você quer de mim

E o que eu quero de você

No entanto, lamento o perder.

As folhas perecem nas árvores por não terem mais como crescer

A seiva acabou.

Agora, só resta o amanhecer
(19-09-2000)

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