quarta-feira, 3 de junho de 2009

No instante em que penso
Atravesso outra vez a mesma barreira do tempo
E do movimento de me ver a mim e pensar naquele que me fez

De um outro jeito, me sinto tão parecida como antigamente
Como se a pura presença de ser vivo ainda estivesse por se tornar nascente

E assim, como um raio, um partido, uma divisão
Que cai quebrando os sentidos,
Que foge ao alcance da minha mão
E cola no teto
E rebate no chão

Essa visão de mim mesma muito mal, muito mãe, maluca, mole, mais, morrendo, sem direção

Vem, vida, me acolhe no vento, na stade
Me faça brotar como semente de boa qualidade, de genética forte
Me faça brotar verde e tenra...
... e que eu dê tantos frutos para adubar a terra novamente...

(Casa da Kika 07-11-2001)

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