domingo, 31 de maio de 2009


Páro e miro um ponto

Dali faço um traço

Redondo que nem compasso

Tão grande que vaza o chão


Dali, penso em gente entrando, gente saindo

Em vias de mão dupla

Ou mesmo na contramão


Sinto o cheiro de frutas frescas

Que me enchem a visão

Gosto de observar cada detalhe

E guardo tudo na mesma condição


Neste círculo quase infinito

Povoado de criaturas paradas,

Correndo

Voando

Sendo,

Sentindo

Vibrando

Chorando

Rindo

Mirando em mim ou em outra direção


Amplio esse espaço todo dia que vejo necessidade

Esse espaço é o meu coração.


(Casa da Kika, 07-11-2001)

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