Páro e miro um ponto
Dali faço um traço
Redondo que nem compasso
Tão grande que vaza o chão
Dali, penso em gente entrando, gente saindo
Em vias de mão dupla
Ou mesmo na contramão
Sinto o cheiro de frutas frescas
Que me enchem a visão
Gosto de observar cada detalhe
E guardo tudo na mesma condição
Neste círculo quase infinito
Povoado de criaturas paradas,
Correndo
Voando
Sendo,
Sentindo
Vibrando
Chorando
Rindo
Mirando em mim ou em outra direção
Amplio esse espaço todo dia que vejo necessidade
Esse espaço é o meu coração.
(Casa da Kika, 07-11-2001)
Nenhum comentário:
Postar um comentário