No meio do mar deserto
Em plenas estradas planas
Bem rente a orelhas nuas
A morte pede carona
Dissolvidas em azul celeste
Despidas de suas ganas
As almas giram e se desprendem
Seguindo em busca do prana
Vida inteira à procura do todo
Ora pois, aí é que se enganam
O pleno é o que não se fez completo
Sendo a falta a verdadeira chama
Corpos leves se despedem
Brindando a passagem com danças profanas
Saboreiam a liberdade ainda que tarde
Aguardando o desassossego da eternidade insana
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